quarta-feira, 26 de maio de 2010

Baile dos Enamorados

Sábado dia 12 de junho é dia dos namorados e tem Baile temático com tudo diferente. Ou quase tudo. O Baile que é a sua discoteca de música brasileira, terá na linha de frente os mesmos dois zagueiros não-convocados por Dunga, os também DJs, camilofróes e el Cabong. Teremos samba, rock, samba-rock, frevo, forró e batucada, isso também permanece. Vai ser uma festa animada com sorrisos de boca inteira, nisso também não mexemos. Mas o resto mudou. Excepcionalmente e especialmente, o Baile acontecerá no palco principal do Teatro Vila Velha, no Campo Grande, devido à reforma do nosso lar original. O estacionamento é amplo, a cerveja é Skol e infelizmente não aceitaremos nenhum cartão. Começará quase pontualmente às 23h, custará 12 reais, sem consumação mínima.

Esta edição do Baile, que segundo consta, é a de número 34, não é apenas um Baile. Fechamos duas parcerias legais. Este Baile é a festa de promoção do espetáculo Os Enamorados, que está em cartaz no Teatro Vila Velha durante o mês de junho. E é também a festa de encerramento do projeto Interação e Conectividade, do Grupo Dimenti, o que é muito bom, pois já é garantia de um bom número de amigos e gente louca para se divertir. No Teatro Vila Velha, as regras são outras e algumas coisas é preciso saber. A mais importante delas é que não trabalharemos com cartões. É só dinheiro. A compra de bebidas será feita através de ficha. A cerveja vai ser Skol em lata e as bebidas quentes vão comparecer. Não vai poder fumar como já não pode em qualquer lugar, e teremos som em apenas uma pista maior. Vai ser um Baile bem diferente, e por isso mesmo, imperdível.

el Cabong e camilofróes mantém a pegada e a qualidade que seguram a festa há quase 3 anos, com variações entre novo, clássico e antiguidades, tanto do samba, como do rock, do xote e de gêneros menos classificáveis. Teremos momentos especiais de amor e de dançar juntinho para você que levar o seu namorado ou sua namorada para dançar e ser feliz, mas a noite também vai ser para quem quer esquecer que é dia dos namorados e simplesmente dançar até o pé começar a reclamar.

Então vamos revisar: Baile Esquema Novo dos Enamorados e do Interação e Conectividade, especialmente no palco do Teatro Vila Velha, no Campo Grande, às 23h, mais barato, 12 reais, com cerveja Skol, sem aceitar cartão - só dinheiro, com estacionamento e muito amor. Outro clima, outro espaço, novas aventuras, esperamos você lá, que esse Baile vai ser pra namorar.

SERVIÇO

Baile Esquema Novo dos Enamorados e do Interação e Conectividade
com
camilofróes
el Cabong

12 de junho
sábado
às 23h
r$12

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Da história de Os enamorados


Em janeiro de 2007, entrei pela primeira vez no Piccolo Teatro. Fazia um frio de rachar em Milão com neve e tudo, e ali no Piccolo senti o calor de casa. Calor da casa não só do Brasil, mas da casa dos meus avós milaneses que nunca conheci, mas que por coincidência haviam morado ali por perto.

Me aceitaram como ouvinte na Escola de Teatro do Piccolo e assim acompanhei durante seis meses as aulas, ensaios e apresentações de um talentoso e simpático grupo de jovens atores italianos.

Esta foi uma experiência incrível, da qual nunca vou me esquecer. A seriedade e disciplina daqueles jovens atores era invejável. Não deveria ser de outra forma, já que eram cerca de 20 atores de toda Itália e tinham sido escolhidos dentre tantíssimos. Invejável também era a equipe de professores, que tinha em sua maioria mais de 60 anos, dentre eles: Luca Ronconi, Enrico d’Amato, Lydia Stix e Marise Flach (www.piccoloteatro.org).

Ao final dos 6 meses, o grupo foi dividido em 2 subgrupos, os quais encenaram “A Gaivota” de Tchekov e “Os Enamorados” de Goldoni.

Assim, conheci “Os Enamorados” e também me enamorei. Era um texto do Goldoni que não conhecia.

Quando cheguei ao Brasil, tive vontade de traduzir o texto, já que ninguém tinha ouvido falar e que se tratava de um autor italiano tão conhecido.

Só comecei a traduzir “Os Enamorados” de fato quando Antonio Fábio e Will Brandão mostraram interesse em ler o texto. Esse foi meu grande estímulo. Cada nova cena que traduzia eu ia enviando para eles, que iam juntando as cenas dos próximos capítulos e construindo a história do casal de namorados.

Foi um trabalho muito difícil, árduo. Nunca havia traduzido um texto antes e não sabia que era tão trabalhoso. Cada palavra a ser traduzida era muito bem estudada, ainda mais por se tratar de um texto do século 18 com uma linguagem que não se ouve nas ruas da Itália de hoje.

Para dificultar ainda mais a tradução, o texto de Goldoni tinha expressões de época em uma espécie de milanês, pois o texto original se passa em Milão. No entanto, eu tinha uma carta na manga: Renata Proserpio, minha mãe caríssima, que aprendeu como primeira língua o milanês e me ajudou muito na tradução. Outra ajuda super importante foi a de Lívia Cunha, amiga que também morou na Itália e que acelerou o processo de tradução.

A idéia não foi a de traduzir o texto para seu equivalente em português. O texto foi traduzido com o intuito de montar o espetáculo, e assim, já no processo de tradução, algumas adaptações foram feitas de acordo com o contexto que queríamos retratar. O texto de Goldoni parecia muito formal; com uma linguagem distante de nossa época; com modos formais de tratamento entre as pessoas que a língua italiana naturalmente possui; e com expressões italianas e construções de frase que não se entenderiam bem se fossem traduzidas ao pé da letra. Buscamos uma linguagem um pouco mais coloquial, mais próxima do público.

Com o texto traduzido, pensávamos ter em mãos a única versão para o português dos Enamorados, mas finalmente descobrimos através do ator Agê Habib que existia sim uma tradução chamada “Os Apaixonados”, encontrada no Rio de Janeiro. Entretanto, esta foi uma tradução que não contribuiu para o nosso espetáculo, pois nos soava antiga. O título “Os Apaixonados” parecia também ser inadequado, já que Goldoni escreve o texto inspirado nas personagens típicas da commedia dell’arte que são os enamorados. Normalmente, os enamorados são personagens que se amam, mas que, por algum motivo externo a eles, não conseguem ficar juntos. Neste texto de Goldoni, os enamorados são os protagonistas da história e também se amam, mas que, por motivos intrínsecos a eles mesmos, os ciúmes, não conseguem ficar juntos.

Afinal foram meses de tradução, mas o texto que utilizaríamos para a peça ainda não era aquele. Precisávamos de cortes e adaptações e isso quem se encarregou foi o diretor Antonio, para que pudéssemos contar a nossa versão dos Enamorados de Goldoni.

Gostaria de agradecer às contribuições de Renata Proserpio e Lívia Cunha à tradução e também aos atores e diretor do espetáculo, que durante os ensaios encontraram palavras mais adequadas para contar essa história.

As palavras que usamos em cena são apenas pretexto.

Luisa Proserpio

Teatro Saladistar




Foi no espetáculo "Salomé, de Oscar Wilde" do Teatro Saladistar onde tudo começou...nas pausas dos ensaios desta tragédia de Wilde, Antonio Fábio, Luisa Proserpio e Will Brandão costumavam conversar sobre teatro...e assim dessas conversas surgiu o projeto do espetáculo "Os Enamorados".

Além de Antonio, Luisa e Will, outros nomes do espetáculo "Os Enamorados" já fizeram parte de trabalhos do Saladistar: Rodrigo Frota, Danillo Novais e Ciro Sales.

Temos muito a agradecer à diretora do Teatro Saladistar, Amanda Maia, que não por acaso proporcionou o encontro destes enamorados.

Um abraço enamorado a todos do Saladistar!

Saiba mais sobre Teatro Saladistar: http://www.teatrosaladistar.com/nucleo/

O Teatro Saladistar surgiu em 2007, a partir do encontro de um heterogêneo grupo de artistas oriundos, em sua maioria, da Escola de Teatro da UFBA e liderado pela diretora teatral Amanda Maia. O coletivo realiza pesquisas e investigações cênicas numa proposta contemporânea e polissêmica dos signos de nosso tempo, aliando teatro à música e à dança. O Saladistar já montou A Serpente, de Nelson Rodrigues, e Salomé, de Oscar Wilde, espetáculo indicado a dois prêmios Braskem de Teatro em 2009, vencedor com o cenário de Rodrigo Frota. Investe agora em um texto inédito, o espetáculo 'O Avesso de Eva', de autoria e direção de Amanda Maia, em cartaz até Dezembro na Fundação Casa de Jorge Amado.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Léo Azevedo


Léo Azevedo clicou o elenco. Ficamos lindos! As fotos estarão estampadas no programa e também nas peças de divulgação do espetáculo. E não é só! Planejamos tê-lo como autor das fotos de cena.
Quer saber mais sobre o Léo? Veja aí os seus contatos:

Léo Azevedo
Fotógrafo
(71) 9983-3346
http://dotempoedaidade.blogspot.com/
http://www.flickr.com/photos/leoazevedo/
http://www.twitter.com/leoazevedophoto

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Quem nunca sentiu ciúmes?



Quem nunca sentiu ciúmes que atire a primeira pedra...
Convidamos você a deixar registrada aqui uma situação tragicômica da vida real em que o ciúme foi protagonista.

Enquete: tempero ou doença?



Tem gente que diz que o ciúme é o tempero do amor. Outros dizem que ciúme é doença.
E você o que acha?
Deixe aqui sua opinião. :)

Ensaio embate Eugênia e Fulgêncio

http://www.youtube.com/watch?v=r5h9CM8eQkY

Leonardo Hernandes
























Aqui mais um artista que participa da equipe que faz Os Enamorados.
Leonardo Hernandes contribuiu com a sua experiência em Dança criando vinhetas e pequenas frases coreográficas que fazem sentido na vida íntima do espetáculo.
Mais sobre ele:

Nascido em Belo Horizonte em março de 1973, autodidata já em 1991 estreou seu primeiro espetáculo teatral: “É a Cara do Pai” do grupo A Culpa é da Mãe (atual Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo). Em 92/93 atuou de “Romeu x Julieta – A comédia” do mesmo grupo. Com este espetáculo ganhou o prêmio de Ator Revelação do Festival de Teatro de Planaltina. Ainda em 93 passou a integrar o grupo Esquadrão da Vida sob a direção de Ary Pára-raios, onde protagonizou “Na Rua com Romeu e Julieta”. Em 96 iniciou seu trabalho como bailarino na Cia. Márcia Duarte de Dança Contemporânea no espetáculo “Movimentos do Desejo” que foi apresentado em 97 no Contra Dança em São Paulo-SP, na Sala Martins Penna do TNCS em outubro de 97. Em 98, participou do Festival de Dança Contemporânea de Barraquilla, do Festival Internacional de Dança de Bogotá - Colômbia, integrou a mostra “Dança Brasil” do CCBB do Rio de Janeiro e do Festival de Dança de Campina Grande-PB. Em 1999 passa uma temporada em Berlim, Alemanha onde tem aulas de dança contemporânea, teatro dança, pilates e participa de uma série da TV Alemã. Retorna ao Brasil em 2000, sendo contratado como bailarino pelo grupo Anti Status Quo Cia de Dança de Brasília, integrando o espetáculo “Dalí“ com apresentações em Brasília, Goiânia e Palmas. No mesmo ano, atuou no espetáculo teatral “A Caravana da Ilusão” de Alcione Araújo com Cia. de Teatro Piramundo. Em 2001 inicia seus próprios projetos em parceira com o produtor e diretor James Fensterseifer realizando no espetáculo “Colóquio dentro de um Ser” patrociando pelo CCBB e apresentações no Teatro Nacional e no FILO - Festival de Londrina em 2002 e, também “Cosme Trepado” uma adptação do livro “O Barão nas Árvores” de Ítalo Calvino. No mesmo ano integra o elenco “Docenovembro” com direção de Júlio Cruccioli também com apoio do Centro Cultural do Banco do Brasil em Brasília e realiza seu primeiro solo com direção de Ricardo Guti, sucesso de público, “Ariano e Catirina” baseado nas obras do escritor Ariano Suassuna. Em 2005 integra o elenco de “Ventiras & Merdades” direção do renomado diretor Fernando Villar com apresentação na Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, DF. Em 2006 atua em “História Redonda Sobre o Nada” texto de Arthur Tadeu Curado e direção de Rachel Mendes na sala Plínio Marcos Complexo da Funarte-DF. A partir de 2006 passa a integrar o “Grupo dos Homens” grupo experimental de estudos sobre a masculinidade. O grupo monta dois espetáculos com essa temática: “Casa de Bonecas – Servido por Homens” em 2007 e “Com que Roupa? em 2009.



quinta-feira, 13 de maio de 2010

Figurinos


Como já dissemos aqui, o artista responsável por vestir as personagens de Os enamorados chama-se Nei Lima. Aqui uma pequena amostra do seu trabalho.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

32

"32 é o número de dias até a estréia de Os enamorados.
32 dias para aprender a dançar com os elementos técnicos que aos poucos juntam-se aos atores.
32 dias para pisar os passos no assoalho vermelho do palco, afinar-se com o som da trilha sonora e seus silêncios, tornar pele o tecido da roupa, se aquecer na luz e não ter medo do escuro.
32 dias para aprender a namorar com o espectador, ficar noivo e casar e ter filhos".

Antonio Fábio

sábado, 1 de maio de 2010


O ciúme será o tema principal da mostra coletiva “O Ciúme Ilustrado”, sob
curadoria da artista visual Andrea May. A exposição estará aberta a visitação
pública em junho no Teatro Vila Velha e é uma ação integrada à estréia e
temporada do espetáculo teatral “Os Enamorados”, do qual May também assina a
arte gráfica.
O espetáculo teatral “Os Enamorados”, com tradução inédita do texto de Carlo
Goldoni e direção de Antonio Fábio, tem o ciúme e a paixão como protagonistas. O
mês de junho, “Mês dos Namorados”, foi escolhido para a estréia deste projeto
integrado, que abordará a relação entre amor e ciúme – tema recorrente entre os
casais – de forma leve e divertida, porém contundente. Espera-se que o público
possa, além de celebrar o amor, refletir sobre uma problemática corriqueira da
relação a dois.
A seleção de obras para a exposição teve seu processo todo realizado em meio
virtual. May, vem adotando esta metodologia após algumas experiências bem
sucedidas com eventos da Street Art, que simplifica questões de logística (parte
orçamentária, tempo) e garante diversidade estética e total liberdade de
interpretação dos artistas sobre o tema.
Está prevista a participação de artistas de vários estados e todas as etapas, além
das informações completas dos mesmos, estarão registradas no hot-site:
http://ociumeilustrado.blogspot.com/

Sábados


Os ensaios de sábado tem sido dedicados à experimentações. Então passamos as tardes exercitando as possibilidades para o desenho das cenas, brincando com novas configurações e com as dimensões de espaço e tempo.
Sempre pensamos numa estrutura tridimensional, ao contrário da bidimensionalidade das comédias. A frontalidade limitava a expressividade e preferimos nos arriscar em unidades cortadas, sobrepostas, camadas de atores, e exercitar com platéia virtual nos quatro lado de nossa ilha vermelha. Então é comum, nos sábados, os atores realizarem de costas pro espectador ou eu dirigi-los do lado oposto a platéia frontal. Isso sem falar, num espectador que transita nos quatro lados do palco a seu bem prazer, e os atores com a função de segui-lo.
Coisa de maluco ou de artistas interessados com a produção de um sentido pra narrar a ação de Os enamorados.

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